sexta-feira, 29 de abril de 2011

Campos Folia 2011 homenageia o centenário de Wilson Batista


Nascido em Campos, o sambista Wilson Batista tomou gosto pela música ainda criança, tocando triângulo na Lira de Apolo, banda organizada pelo tio, o maestro Ovídio Batista. Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, no fim da década de 20, e se apaixonou pela vida boêmia do bairro da Lapa, freqüentando cabarés e bares, fazendo amizades com músicos e malandros da região, o que lhe rendeu algumas prisões.
Trabalhou como eletricista e ajudante de contra-regra no Teatro Recreio, mas queria mesmo é viver como músico. Compôs o primeiro samba em 1929 – “Na Estrada da Vida”, lançado por Araci Cortes e gravado mais tarde por Luís Barbosa. Passou a atuar como crooner e ritmista da Orquestra de Romeu Malagueta e, no começo da década de 30, teve o seu samba “Desacato”, gravado por intérpretes da época: Francisco Alves, Castro Barbosa e Murilo Caldas. Tornou-se, ao lado de Noel Rosa, Assis Valente e Geraldo Pereira, um dos grandes sambistas da boêmia carioca.
Ficou conhecido pela polêmica com Noel Rosa, que gerou sambas inesquecíveis de ambos lados, como "Lenço no Pescoço", "Mocinho da Vila", "Conversa Fiada", "Frankenstein da Vila" (por causa do queixo defeituoso de Noel), todos compostos por Wilson, e "Feitiço da Vila", "Palpite Infeliz", “Rapaz Folgado”, de Noel. No meio das provocações ficaram amigos e aparente briga acabou virando disco ("Polêmica"), lançado em 1956 pelos cantores Roberto Paiva e Francisco Egídio.

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